quinta-feira, 1 de julho de 2010

Back from the Ashes!!

     "É... ele parou com o blog...". Não parei! Mas tenho uma explicação para essa demora. Bom... quando cheguei aqui em Londres e finalmente me estabeleci, eu não fazia muita coisa que não seja ir à escola ou tentar resolver minhas coisas. Portanto, eu tinha muito tempo livre... ainda tenho, mas enfim, um perfeito ócio. Ócio criativo. Eu lia bastante, tocava muito violão, refleti muito também e escrevia quando dava na telha (nesse blog, é claro). Contudo, quando foi chegando perto da minha viagem ao Brasil, eu cai no delito de jogar com Ygor um jogo que lançou um DEMO de 14 dias grátis (sim.. tem que pagar para jogar essa porra) muito foda...não vou esplicar aqui, mas o jogo realmente é irado.
     O problema, consequentemente, é que, como minha viajem está próxima, quanto mais eu "pular" o tempo, será melhor e jogo... acelera qualquer relógio. Ou seja, meu vício teria uma razão racional para entrar em tona e o pior de tudo é que todo o meu ócio criativo foi transformado em simplesmente ócio deixando, amargamente, o meu blog de lado. : (
   Agora, que eu já tô de saco cheio desse jogo, fui colocado numa situação que tenho que me fez ficar acordado de madrugada, com sono, muito sono, até um momento indeterminado. Logo, como eu já devia uma esplicação por não estar escrevendo no blog, eu resolvi escrever aqui um pouco e falar de algumas mudanças para me insentivar a escrever.... Na verdade... acho que é só uma... talvez eu tenha esquecido das outras. Eu vou tirar a parte do youtube porque ela torna o post muito mais difícil de ser feito e, às vezes, eu quero botar um vídeo ou uma música, mas fica foda para arranjar algo para escrever sobre. Fica muito melhor se eu não acorrentar as duas coisas.
...Ah! Vou parar de tentar escrever pouco.... fodasse!

sábado, 15 de maio de 2010

Let the sunshine in!...But let the sunshine out too!

     Redigirei esse post para tratar de um desses temas polêmicos. Essa é a primeira postagem que eu escrevo sobre algo não muito individual ou egocêntrico e, para estrear, um assunto bastante na mídia nesses últimos anos, que até partido político surgiu em prol da sua respectiva causa. O assunto é aquecimento global, mas não com ênfase no fenômeno. Focarei minhas poucas linhas falando da manipulação que rola nessa porra toda.


     Acredito que é dispensável qualquer introdução a esse fenômeno e eu dispenso o uso de qualquer fato relatado por qualquer fonte para discutir o ponto que eu quero aqui, principalmente os que se referem a previsões estatísticas, nessas horas, estatística só serve para dar provas nem verdadeiras (porque as estatísticas dificilmente vão considerar o tanto de fatores que deveriam para chegar a qualquer resultado descente), nem falsas (simplesmente porque não foi apresentado nenhum dado errado). Tenha muito cuidado com esse negocio aí de estatística. Eu, por exemplo, dificilmente dou muito valor para essas previsões (desculpe, Lara, mas não se preocupe. Para as suas estatísticas, eu vou dar ouvidos sim).



     Portanto, seremos (pela a primeira vez nesse blog) um pouco mais direto. Bom, primeiramente, existe uma galerinha que têm motivos suficientemente relevantes para dar uma manipuladinha, não acham? As entidades que eu imagino que mais se beneficiariam com o discurso são:

     - Os políticos, mais precisamente, os que se opõe aos governos atuais (porque, se existe essa parada e se a poluição tá pocando como falam alguns jornais, o que custa botar na mídia uma matéria dessas? Falar de ecologia é uma merda para quem está no governo, como vocês já devem saber).

     - Algumas organizações privadas como promotoras de eventos (Sempre que surge um tema desses, Fóruns e Workshops aparecem por todo o mundo) e a imprensa (Onde há possibilidade de polêmica, há jornalismo). O que quero dizer é que essa discussão movimenta alguns setores da economia, normalmente beneficia uma parte do setor de serviços.

     -Uma parte ignorante e frustrada da galera da esquerda (não somente por serem ignorantes e frustrados, mas também por serem de esquerda).

     -Os pesquisadores e estatísticos que a galera acima financia para fazer pesquisa para eles.



     Por outro lado, tem muita gente que se fuderia com isso. Motivo suficiente para outra galera fazer o mesmo, dar uma manipuladinha, mas dessa vez para o sentido oposto. Também faço questão de listar assim como fiz acima:

     -Os políticos, mais precisamente, os que estão no governo atual (porque, se o assunto tá pegando, tem que dar uma abafada para não perder popularidade. Falar de ecologia é uma merda para quem está no governo, como vocês com certeza já sabem).

     -Algumas organizações privadas como indústrias e extratoras (praticamente o setor primário e secundário são os que mais sofrem com isso. Prejudicando também a economia do país e fazendo com que essa galera esteja do lado do governo que rege o país para dá uma fuga nas leis) e a imprensa (Onde há possibilidade de polêmica, há jornalismo). O que quero dizer é que essa discussão retarda alguns setores da economia também, além de mais fuder do que ajudar quando se fala sobre corrupção.

     -Uma parte ignorante e conservadora da galera da direita (não somente por serem ignorantes e conservadores, mas também por serem de direita).

     -Os pesquisadores e estatísticos que a galera acima financia para fazer pesquisa para eles.



     Como vocês podem ver, tem muita gente batalhando para se dar bem. Eu não arrisco um palpite sobre quem está melhor nessa disputa, mas posso dizer uma coisa; os dois lados estão indo muito bem até agora. Considerando apenas os que têm interesse em manipular as informações, a galera que prega a existência apocalíptica do fenômeno está se dando bem porque o assunto está rolando, está forte e está na moda, enquanto a outra galera está se dando bem porque tudo é contraditório, questionável e não fiscalizado com eficiência.

     Até agora eu só não falei uma galera que considero importante nessa questão. O GEÓGRAFO. Quando não está atrelado a fazer pesquisas para beneficiar ninguém, são os únicos que tem a capacidade de por um fim nesse papo, mas eu penso que os geógrafos sérios não estão soltando qualquer coisa para repórter não, eles estão fazendo o que muitos deveriam fazer e não fazem; estudar o problema. Logo, não há nada que nós, cidadãos leigos no campo do estudo geográfico, possamos fazer a não ser cobrar que as autoridades federais fiscalizem devidamente os abusos que acontecem com a natureza.

     Perceba que fiscalizar as autoridades já sai da discussão ambiental e entra num assunto que eu dou mais valor, a corrupção e incompetência na gestão pública. Se você se sente meio confuso em relação à questão ambiental, você está perdendo o foco do que é mais importante. É impressionante como algo tão vital para o ser humano, que é o seu ambiente, cabe perfeitamente como um dissolvente de tanta corrupção e filha da putagem. Lembre-se que os dois lados que manipulam a informação estão se dando bem. Dar voz a essa questão é abafar outros problemas mais sérios e, além disso, agravar mais ainda a situação.

     Eu sou a primeira pessoa que vejo condenar essa discussão dessa forma. Deve ter alguma coisa que deve está errada, porém eu, desde já, fico feliz de escrever algo original sobre o tema.

     Por favor, qualquer comentário, algo que discorda ou algo a acrescentar é muito bem-vindo. Eu não levo para o lado pessoal e não saio dando patada em qualquer um não. Não tenha medo de comentar não. Obrigado!



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     Em construção...(não tenha espectativas, não pense que vou fazer algo de elaborado aqui não. Eu só to sem tempo hoje).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Just a Hobbit from the shire

     Assim como muito já diziam, nada como escrever para botar a cabeça no lugar. Bom também é observar situações similares terceiras para que o ego não interfira na análise. Às vezes, dependendo de sua sofisticação, a situação pode ser até fictícia, exatamente como o caso posto em apreciação.


     Estou falando de um personagem de livro, mais especificadamente, da famosa trilogia escrita por um dos melhores escritores do século XX, J.R.R. Tolkien; O senhor dos anéis. A figura dramática em questão é o mais jovem dos quatro Hobbits. O mais imaturo, o mais tolo; o pequeno (mas não tão pequeno assim) Pippin.

     Essa comparação foi realizada intuitivamente logo após a minha leitura de um excelente artigo de uma estudante chamada Amy Spivey da universidade de Bradley. Porém, acredito que você não vai querer ler o artigo nem se eu linkar a versão traduzida e reduzida do texto que me levou ao original, então vou escrever um breve resumo com ênfase no que eu quero discutir.

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     Como dito anteriormente, Pippin é o mais jovem dos nove integrantes da irmandade. No conselho de Elrond, quando eles resolvem o que vão fazer com o anel (esse pessoal que não sabe o que fazer com anel é foda), o próprio Elrond recusa que os outros três Hobbits o acompanhem em sua viajem, afinal, à primeira vista, eles são completamente inábeis em combate, tem perna mais curta que um anão, tem seis refeições diárias e não tem nada a contribuir ao grupo. Elrond, muito sabiamente, ainda enfatiza Pippin, por ser muito jovem e não entender o que realmente a expedição se trata, mas Pippin, muito bravamente, se dispõe a ir até o final da aventura.

     Esse foi o seu primeiro ato de tolice. Pippin foi o primeiro a se cansar da viagem, logo no começo, e ao longo de toda a história, ele já reclama da jornada e que devia ter ouvido à Elrond ficando em casa. Após esse primeiro “erro”, Pippin não para de cometer tolices durante praticamente todo o desenrolamento e botando o grupo em extremo perigo deixando até mesmo o ajuizado Gandalf descontrolado.

     Pulando algumas dúzias de tolices, na sua última mancada, a pior delas com certeza, Pippin passa algumas informações valiosas ao Sauron através de uma orbe, que, por sua vez, passou a acreditar que esse portava o anel. Sauron, então, desviou todas as suas atenções para Pippin enquanto Frodo e Sam faziam a sua travessia para Mordor. Logo, essa ação imprudente de Pippin gerou alguma chance para Frodo destruir o anel.
     Quando a expedição chega ao fim, quando o mau, o anel e a porra toda vai pro saco, Pippin, nomeado como cavaleiro de Gondor, está mais maduro, menos imprudente e não só aprendeu a empunhar uma espada, mas também aprendeu até estratégias de guerra durante o período. Ele volta para a sua terra, encontra o lugar tomado por rufiões e põe tudo que aprendeu durante sua viajem em prática retomando o condado. Além de cavaleiro de Gondor, Pippin ganhou o título de capitão no condado e, nos seus últimos anos de vida, ele entrou para o Conselho Do Norte.

     Seria um crime não finalizar como Amy brilhantemente concluiu:

     “A maturidade de Pippin cresceu significativamente, desde aquele primeiro encontro com os Cavaleiros Negros até a última batalha do Condado. Ele iniciou a viagem como um ignóbil jovem hobbit, mas no fim ele tornou-se um cavaleiro de Gondor, uma alta honra e cresceu aos olhos do Rei.

     Pippin aprende a partir de suas tolices, e por vezes perigosos, erros, ganhando uma grande dose de respeito ao longo do caminho. As realizações de Pippin são notáveis, e sendo parte da irmandade abriu seus olhos para o mundo fora de seu lar. Mas talvez, sua mais significativa realização foi ter-se tornado um grande líder entre os hobbits – entre seus parentes, sua família.”

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     Apesar de passar a viajem toda reclamando de ter saído do condado e de ter desacreditado na sua capacidade de mudar o rumo da história, Peregrin Took continuou até o final, só não morreu pela a assistência que recebeu de seus companheiros de viajem (sem querer tirar seu mérito, principalmente nas passagens em que ele e Mery foram capturados e nos Ents, que com muita pena não escrevi acima), mas voltou mais maduro, confiante e uma liderança local.

     Após ler o artigo me veio à cabeça uma série de questionamentos, o que não é nada anormal para a nossa espécie. Dentre elas, a única que me intrigou, apesar de não ser nada complexa: “O que seria de Pippin, sem ter se juntado à caravana?”.

     Pouco pode se afirmar sobre isso, porém outra é certa, “Que outra oportunidade ele teria de sair do condado e crescer como cresceu durante a jornada?”. Nenhuma. Portanto, podemos responder a primeira pergunta em alusão à segunda: “Pippin não teria outra possibilidade de crescer tanto como cresceu na viajem. Pippin seria como os hobbits comuns, apenas um hobbit medíocre.”

     Com mais ciência sobre o assunto, com mais clareza e com a questão finalmente abatida, eu prometo que em breve eu paro de escrever sobre o que ando escrevendo e venho apontar algumas coisas mais interessantes no blog. Há! Também vou tentar escrever menos. Ou não. Eu criei esse blog para simplesmente escrever mesmo, então você que se foda se eu não escrever pouco.

     Já que eu não escrevo todo dia você ainda pode ler uma parte do post por dia. Ou pelo menos vê os vídeos que eu posto

     Ah! Nem tá tão grande assim. Meu resumo ficou calculadamente com 10,34 vezes menos parágrafos do que o texto original.



YouTube

     Com certeza, o filme de Peter Jackson não seria o mesmo sem a trilha sonora feita por um mestre e Howard Shore deu o seu tom único à obra. Fico feliz por ele fazer parte do Hobbit(2011) quero ver como ele vai fazer com o canto dos anões.

Howard Shore - The Fellowship
Horward Shore - Concerning Hobbits

     Falando sobre o canto dos anões, eu vou postar também três canções reproduzidas num desenho animado da década de 70 sobre o The Hobbit que aparecem no livro:


     O primeiro vídeo mostra duas delas: conta a Lenda do tesouro dos anões e depois sobre os anões regaçando a casa de Bilbo

     O segundo vídeo apresenta a canção dos Orcs onde os anões são os quinze pássaros.
 
     Todos as três músicas estão escritas no livro.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

To be or not to be

     Ahhh... Eu preciso escrever um pouco e já estava mais do que na hora. Hoje, a exaustão bateu mais forte do que vinha batendo nos últimos dias e, com o cansaço, a vontade de continuar de pé carência. Nesses momentos, me vem à mente a mesma pergunta que me faço todos os dias, apesar de sempre tender para o mesmo lado no final do dia: “Terminar esse período de seis meses aqui e continuar no Brasil ou completar os outros cinco anos e meio que pretendo ficar aqui?”.


     Acho que não teve nenhum dia que essa pergunta não me veio a cabeça, mas acho também que todas as vezes minha decisão foi de continuar aqui. Veja bem, penso que todos concordariam comigo: Para esses próximos seis anos ficar no Brasil seria a escolha mais lógica, porém, para os anos seguintes, (e eu estimo viver até os 200 anos. E sem contar com os anos que meus filhos e netos desfrutariam de tudo) seria melhor eu ter passado por esse percurso que eu, de improviso, aqui planejei. Decidir largar essa doideira toda seria uma decisão imediatista e um tanto imatura.

     Porque diabos então eu continuo com a dúvida na minha cabeça? Para falar a verdade, a dúvida me tortura mais do que as conseqüências. Porra, fala sério! Eu to em Londres, vi o musical com o roteiro original do hair, conheci quase todos os pontos principais dessa cidade, conheci Liverpool, Oxford e Bath, conheci ingleses, portugueses, nigerianos, angolanos, indianos, turcos, paquistaneses, bengaleses (Bangladesh), cingaleses (Sirilanka). Experimentei várias cozinhas diferentes, até comida vietnamita e uma feijoada angolana eu comi, experimentei várias cervejas, passei meu aniversário num pub. Porra, eu fui no “cavern club”, velho! Aprendi sobre o sistema de educação do UK, vi que é possível entrar em universidades como Oxford, as vezes até mesmo mais fácil do que alguns cursos no Brasil. Praticamente dominei o inglês, amadureci um bucado em relação à várias paradas, estudei de graça matérias como negócios, serviço financeiro, marketing, fluxo de caixa, SWOT analysis (ou FOFA em português). Desmitifiquei o mito de que nenhuma outra mulher não brasileira não pode ser gostosa, não engravidei ninguém. Tenho total liberdade e autonomia, relativa certeza que não vou ser assaltado ao sair de casa, relativa certeza que meu ônibus ou metrô vai chegar e relativa certeza de que não vou ouvir funk nas ruas. Leio mais do que eu lia no Brasil, tenho mais vontade de tocar violão do que tinha no Brasil, tenho um blog, escrevo, tenho mais tempo pra refletir, pensar e rever milhares de assuntos. Pretendo ir ao Show do Mark Knopfler, pretendo ir ao show do Eric Clapton e pretendo ver muito mais.

     Isso tudo significa duas coisas: A primeira é que apesar de um ou outro tópico relevante que literalmente me derruba, eu tiro bastante proveito daqui e viver aqui não é tão ruim como eu deixei parecer. A segunda, e que aponta para a direção oposta, a minha passagem pra cá já valeu a pena e vim para cá não seria um arrependimento se eu mudasse minha cabeça e voltasse a pegar uma praia todo final de semana.

     Ainda nada é muito conclusivo e acredito que nem vou conseguir muita coisa por enquanto, mas preciso matar essa questão de uma vez por todas.

     Outro ponto que eu levo em consideração é o profissional, que com certeza pra mim é o mais obscuro, por exemplo, se eu ficar aqui, cursarei Economics&Management em Oxford (deixando bem claro que eu não levo em consideração a chance de falha porque eu não vou falhar) e depois daí estarei feito. Ou não? Bom, qual é? É Oxford, se eu fizer Oxford arranjo emprego em qualquer lugar, né? Mas espera ai, se eu fizer Oxford eu não vou pensar em ser empregado, me desculpe. Falando desse modo, até parece abusivo com a classe trabalhadora, mas uma pessoa que cursa em uma universidade dessas não tem possibilidade de pensar muito maior do que trabalhar para alguém, pode assumir um patamar muito mais alto. Isso tange um outro ponto: “Será que eu vou querer o estresse de administrar uma empresa? Ou será que eu prefiro o estresse de trabalhar para uma?” Depende da empresa, depende do trabalho.

     Tudo depende de muita coisa, e por mais que eu pense e escreva páginas e páginas no meu blog, eu não vou descobrir isso por agora, minha vida NÃO está TRAÇADA, graças aos deuses, mesmo assim, vamos continuar analisando, se você leu até aqui, vai ler até o final, tenho quase certeza.

     Falando ainda na área que diz respeito à profissão, se eu voltar, eu não faço a mínima Idea do que eu faria, não tenho vontade de fazer nada. Ser um engenheiro e ficar desenhando planta para alguém? Fazer letras, história, geografia ou qualquer outra matéria como essas e dar aula? Qualquer coisa que envolva computador, que conseqüentemente envolve programação, e ficar olhando por vírgulas num sistema complexo pra caralho para descobrir onde esta a merda do problema que há dias eu to procurando? Economia e fazer, bom, sei lá? Ainda talvez eu possa explorar um pouco nessa área, achar alguma coisa para eu fazer lá, mas primeiro, eu preciso resolver esse dilema.

     Será que eu preciso mesmo de resolver isso primeiro? Ou será que se eu resolver isso primeiro poderia solucionar o meu problema? Porque se eu optasse em resolver o que fazer no Brasil já significaria ter escolhido o Brasil, portanto já seria a resposta para o dilema mor, mas seria uma resposta sem ter pensado sobre a alternativa de continuar aqui, sem ter balanceado entre aqui e lá. Puta que pariu, em vez de eu estar pensando numa solução, eu estou arranjando problema.

(Após de alguns minutos pensando...)

     Quem pensa demais em duas alternativas esquece as outras. Porque não fazer igual muita gente me aconselhou e eu não dei ouvidos? (talvez tenha dado, talvez eu só tenha esquecido o motivo agora) Porque não pensar em fazer um mestrado aqui e graduar ai primeiro? Ok, então agora são três alternativas: “Ser”, “Não ser” e “Não ser agora e ser depois”. No caso de Hamlet, como sabemos, seria meio difícil essa afirmação, mas esqueçamos Shakespeare por enquanto, vamos falar de quem interessa: o dono do blog. Pelo menos aqui, quem manda sou eu!

     Agora que eu tenho uma terceira alternativa, o post perdeu o sentido, mas perai ai. Depois de tudo que eu escrevi? Eu não vou apagar essa merda não, vou postar assim mesmo to na terceira página do Microsoft Word com letra Calibri tamanho 12. To indo fazer a parte do youtube. Fui...



YouTube
     Bom, se tudo der errado, Agente vai levando (de Chico Buarque e de brinde “Samba para Vinicius” de Toquinho. Performance do caralho.) With A little help from my friends (dos Beatles só que com Joe Cocker cantando. A melhor versão que eu ja ouvi e provavelmente a melhor versão que você também ouviu. De 1969, no Woodstock)
     O pior que pode acontecer é se sentir Like a Rolling Stone

sexta-feira, 16 de abril de 2010

I got HAIR, readers!!

     Dia 14 de Abril, eu e meu pai fomos ao Gielgud Theater, em West End, assistir a peça Hair, que originou o filme dirigido pelo o diretor que eu mais gosto, Milos Forman. Apesar da alta qualidade da versão cinematográfica, Forman fez algumas drásticas mudanças no roteiro original. No filme Claude vem do interior dos EUA e na peça ele veio de Manchester, aqui na Inglaterra, mas para fazer sentido à música Manchester England no filme, Lafayette fica sendo como o que veio de Manchester, o que fica muito estranho quando o trecho dessa música é retomado no final do filme.
     Diferenças a parte, a versão teatral e cinematográfica discutem os mesmos pontos; liberdade, paz, amizade e cabelos compridos. Isso ficou muito bem exemplificado em ambas produções. No teatro, por exemplo, tinham alguns hippies que entraram na multidão com placas de protesto, seduziram a platéia e até beberam a água de um senhor perto de mim.

     Na última música, Let the sunshine in, eu estava sentado na última fileira e, como um rapaz inteligentíssimo que entendeu a mensagem da peça, logo quando os atores mandaram o pessoal subir no palco pra cantar também, sabendo que não ia ter espaço no palco, subi no encosto da poltrona e fiquei torcendo para não me expulsarem do teatro.

     Ah! O final também é diferente, mas esse eu não posso falar aqui. Se você estiver de bobeira em Londres, vale a pena dar um pulinho para ver Hair.




YouTube:

This time I got videos… and so I got life!

A que eu mais gosto: Aquarius. Com a Sasha Allen, essa mulé é do caralho!

E outra que não podia ficar de fora da playlist do hair

domingo, 4 de abril de 2010

Living in London

     Londres, uma cidade que te faz de residente e turista ao mesmo tempo. Uma cidade do mundo. É como se botasse pessoas de todo lugar do mundo numa jaula urbana. Do mundo inteiro, menos inglês. O que menos tem aqui é inglês nativo. Os ingleses se refugiam nas áreas com menos imigrantes violência. Mas enfim, Londres tem muito a ser explorada.


     Uma parada legal de se morar em Londres é sentar na biblioteca pública, pegar um livro do Sherlock Holmes, ler “Ontem, eu e Mr.Holmes pegamos o trem na Charing Cross Station...” e pensar “Caramba! Ontem eu estive lá! É aqui pertinho!”.

     Falando de Charing Cross, temos a rua onde ficam algumas das principais bookstores, teatros e cinemas de Londres; a Charing Cross Road. Sempre vai ter algo irado para tirar o seu dinheiro. Se você é um daqueles que fica puto quando não acha o livro que quer, tem a livraria Foyles, que tem cinco andares de livros à venda, e mais algumas bookstores relevantes que eu ainda não fui. Se você gosta de teatro, e é nesse ponto que eu queria chegar, você tá feito. Cada peça mais irada que a outra, a maioria de clássicos muito conhecidos como; Les Misérables, Billy Elliot, Mamma Mia, o famoso We Will Rock You, HairHairspray, Grease – Nos tempos da brilhantina, Priscila – A rainha do deserto e The Lion King da Disney. Todos esses, e mais alguns, estão, ou pelo menos estavam, em cartaz.

     Agora, se você não gosta de música, teatro, cinema, livros, apresentações de rua, se você não gosta de porra nenhuma, você pode ir ali à Piccadilly Circus, sentar e olhar em volta, porque com certeza você vai fazer algo.

     E isso tudo é porque eu só dei um pulinho no centro para comprar um livro para o meu avô. É a minha segunda vez aqui em Londres e estou vendo que, pra conhecer essa cidade bem, eu vou precisar de um bom tempo.





Youtube:

     Enquanto eu escrevia esse post, fui pesquisando nas peças, as que eu lembrava que estavam em cartaz, e fui vendo os vídeos nos respectivos sites, ou seja, faça o mesmo. Porém, eu separei aqui alguns dos vídeos que eu achei durante a minha caçada.

     Primeiro, só para fazer uma comparação entre o Rei Leão em desenho animado e o Rei Leão no teatro, ponho o trecho que deu o Oscar ao filme na categoria de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original; Can you Feel the Love Tonight.

     E da peça que eu quero ver, We Will Rock You.

terça-feira, 30 de março de 2010

I said "Don't worry", din't i?

      Primeiro, eu vou agradecer Krishna por trazer meus comentários de volta e por fazer a professora de SWOT Analysis faltar a aula de hoje. Realmente, preciso me planejar para a chegada dos meus pais e isso tudo me deu um tempo, que eu to gastando no blog. Agredeço também Bianca, por me consolar até mesmo quando não precisa. Portanto, escrevo mais um post desenxabido, mas prometo que não farei disso um hábito e, aliás, estou até trabalhando no meu próximo post.



      PS: "Sinônimos de desenxabido: insonso, insípida, sensaborona, sem graça, desanimado, sem sal, monótono, desmotivado ." destaque para sensaborona



Youtube:
       Só porque a secção youtube não pode faltar... e porque essa música é foda demais!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Nem tudo são flores... na verdade... quase nada é flor!

       Que mal pode ter mudar o endereço do blog? Fala sério! Nenhum, cara! Talvez algum lunático ficaria meio perdido, mas logo ele viria perguntar pra mim o que aconteceu com o blog e eu diria "Mudei ->http://abstinenciadolobo.blogspot.com/" e só!! Hoje eu nem ia escrever por pura preguiça, mas me deparei com essa catástrofe! Não acredito que perdi TODOS os meus preciosos comentários!! Resolvi então escrever este post para não ficar com as mãos abanando e para ver se descolo algum comentário de consolação : )
       Revoltas, palavras e então o segundo parágrafo chega. Aqui eu já devia estar escrevendo alguma coisa com conteúdo, não simplesmente aplicando metalinguagem com o intuito de enrolar o leitor. Não é culpa minha que você está lendo, realmente não é nada pessoal e, além do mais, se você está lendo isso daqui, você não tem nada pra fazer e eu estou ocupando o seu tempo. Portanto, me agradeça e deixe um comentário!




Youtube:
        "Aaaghh... por que tudo dá errado?". Não vamos pensar negativo. Por isso, no maior estilo "Não adianta chorar pelo o leite derramado", Let it Be(e) e Don't Worry Be(e) Happy (Não me canso de fazer isso!)

terça-feira, 23 de março de 2010

Redesigned!

     Demorei, mas mudei. Até gostei da nova formatação, porém, apesar deu cortar do nome, o blog ficou mais cinza e o lobo é um lobo-cinzento...curioso... mas eu ainda quero re-mudar o background. Quando eu aprender a importar fotos nessa bagaça, eu o faço.      No final de semana eu mudo o endereço do blog também. Então fiquem atentos que o http://abstinenciaemcinza.blogspot.com/ não será mais acessível apartir de um dia não determinado. Não quero criar compromissos e nem vou.
     Uma ratinha meio da lua me obrigou a escrever perguntou sobre o porque do lobo. A verdade é que eu nem lembro mais se teve um porque maior, mas isso também não interessa tanto. Portanto, vou falar o que o lobo representa para mim e o que imagens e significados eu, no momento, consigo extrair.    
     O lobo vive geralmente em bando, mas em algumas ocasiões eles se encontram sozinhos por dois principais motivos: por ser banido do bando ou, como prefiro, "jovem adultos em busca de novos territórios".
     Existem também lobos que são chamados de "lobos solitários". Nas histórias, sempre tem um personagem ou um power ranger que anda sozinho e passa a ser chamado de "lobo solitário", igual ao Wolverine da Marvel, mas esse não é meu caso. Eu estou longe do meu pequeno bando, porém não estou "traçando", como dizia a outra, uma vida sozinha, mas  pelo o contrário, não vejo a hora de encontrar-me com os meus subordinados. De um jeito ou de outro, o lobo é o animal que melhor representa o "estar sozinho" e se você se amarra no Wolverine, você concorda comigo.
     Uma coisa interessante que eu achei nesses sites perdidos sobre o lobo foi "O lobo simboliza luz, o herói guerreiro". Consigo imaginar também um lobo mostrando os dentes e sua cara de feroz até mesmo sabendo quando vai morrer, concordo que sejam bastantes guerreiros.
     Outra cena emblemática quando se fala de lobos é uma noite escura de lua cheia com um lobo no topo duma montanha uivando para a lua. A escuridão, o mistério, um único foco de luz, um uivo que pode até não ser, mas tem uma sonoridade meio sofrida, o silêncio de fundo e poucos pontos de destaque, mas de grande destaque. Nem eu sei direito a relação que isso tudo tem e talvez não seja tão fácil assim de perceber, mas destacando esses principais elementos da para pintar um quadro romântico e, portanto, bem dramático.
    E como eu já estou partindo para um ponto mais louco do que eu queria, porque não fazer mais uma citação maluca? mais maluca ainda que a anterior, porém de grande sentido!:

"    LOBO
O Lobo simboliza inteligência, sabedoria e cura, ele partilha sua energia com os demais.
Ele é o arquétipo do professor, precussor de novas idéias. Ele sai, aprende e volta ao seu clã para ensinar o que aprendeu.
O Lobo quando encontra e escolhe uma parceira geralmente é para o resto da vida, é ligado à família, embora mantenha um caráter individualista e solitário. "

     Esse fragmento é de um site Xamã que eu nem pretendo me aventurar muito nele, mas se você estiver em busca de algo não muito pragmático clique aqui. (Li uma coisa ou outra... é algo bastante curioso)



Youtube
     Ok! Dessa vez eu vou fugir do tema, também que se foda! Não teria como não repetir as músicas e nesse momento peço ajuda aos meus gurus e espíritos ancestrais.
     Quer saber? O tema é livre vou meter um monte de música aqui e não quero nem saber... pelo menos é bom que você vai ouvir algumas boas músicas. Hoje, vou botar um rock n' roll

     Pink Floyd - Wish You Were Here (live)
     The Who - Baba O'Riley (live)
     The Beatles - When i'm 64 (Yellow Submarine)
     The Doors - Roadhouse Blues (live)

     Gostei da playlist!

sábado, 13 de março de 2010

E o animal éééé........

     Chegou a hora de revelar o animal que fará parte do novo nome do Abstinência! Mas vamos primeiro falar sobre os palpites que recebi. Aliás, houve bons palpites. Não podia passar em branco.

     Primeiramente, destaco os que disseram “cachorro” ou, ainda melhor, Ricardo que ainda fez referência ao meu querido “tcho tcho”. O cachorro é uma boa escolha por vários motivos; sempre quando o dono vai embora, fica com aquela carinha de abatido, porém quando tem alguém por perto, seus olhos brilham tanto felicidade quanto ingenuidade capaz de derrubar qualquer desanimo dos que estão próximos. Por isso ele é chamado de melhor amigo do homem. Uma boa escolha, mas não a certa.

     Em seguida, um palpite meio estranho, mas não muito anormal. Um pato na neve. Bom... o animal que eu mais falei sobre, no blog, foi o pato. Em todo o caso, não acho que eu seria capaz de botar um pato como título do blog. Além de tudo, não sou muito chegado em aves.

     Sinto muita saudade da minha abelha azul. Aqui não tem abelhas, no máximo um mosquito nos lugares mais quentes. A abelha está na minha lista de abdicações, mas não será o nome do novo blog. Ué... se não é uma abelha... qual mais seria?

     Com certeza não um veado. São seis dias da semana contra apenas um, Ygor. Mas tudo bem, eu sei que você deu o seu máximo ou não.

     Sim. Não ter nada em mente é do meu feitio. Talvez eu use essa idéia mais para frente, obrigado pela a sugestão. Agora... eu não botaria um nome estranho no blog, se eu quiser fazer uma piada eu escrevo ela, não intitulo o meu blog como uma. Calopsita? É por causa do moicano?

     Como dizia o pai de um amigo meu: “Ornitorrinco é a prova que Deus tem bom humor” quem roubou a piada de quem agora ein??. Mesmo assim, acredito que ornitorrinco é um bom palpite. Ele é único, a junção de todos os mamíferos em uma única e não tão adorável criatura. Pelo menos, isso era o que eu achava antes de ler esse artigo:

     Ornintorrinco não é somente mamífero

     Acabando o prazo para enviar os comentários, na verdade, nos acréscimos, depois de muita pressão, muita expectativa e muita tensão. Depois de vários “Atualizar” em vão. Eu vejo o comentário dessa mocinha. Poxa gente... um lobo? Eu fico pensando no que se passava na cabeça dela enquanto ela imaginava qual animal seria. Talvez ela tenha escolhido pelo o fato do lobo ser um animal que vive em grupos, quase em “partys”, e quando um lobo fica sozinho acaba como um Wolverine ou coisa do tipo. Talvez seja porque ela tenha imaginado um lobo no auto de uma montanha contemplando a noite e uivando para a lua cheia. Talvez seja porque o lobo é um bicho meio rude, mas mesmo assim, adorável. Forçando mais a mente, eu consigo imaginar os olhos de um lobo numa noite muito escura, ou numa neblina densa. São muitas as maluquices que pode ter passado pela a cabeça dela, mas eu não quero mais falar sobre esse comentário. Não por enquanto, pelo menos.

     Sem mais delongas, vamos ao animal escolhido. Agradeço pelos os comentários e opiniões e, em seguida, posto o link de uma foto do animal que vai fazer parte do blog de agora em diante:

   Animal vencedor!



Youtube:
     Selecionei alguns vídeos do vencedor:
     Howls
     Baby Howls
    
     E agora, a música, que não pode faltar. Que música sobre esse animal eu posso botar, tendo em consideração que devo conhecer-la? Caramba... só achei Duran Duran pelo youtube. Acho que é melhor botar veado no título do blog e não botar a música do Duran Duran. Agh! Que seja:

     Duran Duran

     Não posso deixar de botar também um pouco de Blues. "How many more years" para finalizar.







     Deixo vocês por aqui e acredito que amanhã eu começo as mudanças no blog

domingo, 7 de março de 2010

AGH!! Tenho que postar alguma coisa!!

     Faz duas semanas que nada escrevo. Não posso me deixar ao luxo. Na verdade, posso sim, mas não vou. "O que? Você não tem nenhuma idéia para escrever?". Pior que eu tenho. Todo dia eu penso nesse mesmo assunto, porém faço questão de adiá-lo ao máximo. Esquivo me com todas as forças, pois, apesar de fascinante para alguns raros, será MUITO extenso, chato e extremamente analítico.


     Hoje, falo somente para não ficar com peso na consciência, para não ficar pensando “Porra... já abandonei o blog!”. Escrevo, então, sobre uma idéia que eu tive; vou mudar o nome do blog!! “Mas já?”. Sim, já. Posso mudar quando eu bem entender, ou melhor, posso mudar até mesmo quando eu não entender, mudar somente por mudar. E vocês que se fodam.

     Continuarei com a “Abstinência”, tirarei somente o “em cinza”. Fui um péssimo pintor ao escrever essa cor como título, dissolvi o sentido que quis dar à frase. Enquanto eu estava no parque, num perfeito e harmônico momento de ócio, eu desenvolvi esse novo nome. Só não falarei ainda porque não tenho certeza de como o nome se formatará. Não quero que fique muito grande, não quero que soe feio e não quero cometer o mesmo erro do nome original, seja lá ele qual foi.

     Não fique triste. Vou dar uma dica, botarei o nome de um animal. O único animal que se encaixaria no blog. Se pensar um pouco irá concordar e talvez até descobrir antes da atualização. Que tal arriscar um palpite? Deixe seu chute nos comentários.




Youtube:
     Porra! Agora ficou foda de pensar em algum vídeo. Não pode ter nenhum animal, não pode dar nenhuma pista e tem que dialogar com o post do dia. Agora fudeu.

     Há!! Nada como matar a charada! Se for de animais que estamos falando, vamos falar de animais. Caçarei pelo Youtube por vídeos com animais e selecionarei alguns critérios na escolha... Me dá só um tempo! : D
     BINGO!
     Pela inteligência desses bichinhos que é sem dúvidas impressionante! Aos animais e os seus truques cativantes:
     Animais podem falar!!
     Elefante pintor
    
    Como sempre, depois de ter o trabalho de escolher, as melhores idéias vêem involuntariamente. The Bad Touch por aproximar o ser humano e os animais da forma mais depravada e desmitificada possível:
    The Bad Touch - Bloodhound Gang



Isso é tudo, pessoal!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Victoria's Park notes - 26/02/2010

       Devido a pressão feita pela as minhas queridíssimas leitoras, hoje eu fui ao parque perto de casa tomar um café e escrever um pouco. Tive algumas ideas para a postagem do blog enquanto andava em direção à cafeteria, mas o texto tomou outro rumo. Let it bee...

                                                        Imagem da fonte no centro do lago do Victoria's Park

       "Estou em frente ao chafariz do Victoria's Park, numa cafeteria situada no interior do parque, vendo o pôr-do-sol, que especialmente hoje brilha reluzente, e escrevendo o meu primeiro post à mão. São 04:15PM, há patos, cisnes, gansos e pombos no lago conversando no vento forte e gelado, mas meu cappuccino ainda está quente.

       Não... Meu cappuccino não está mais quente e a cafeteira fecha às 4:30PM. Vou me antecipar e sentar num banco às margens do lago em baixo duma árvore, que nesse final de fevereiro começa a ganhar cor, mas ainda continuo de frente ao chafariz no centro do lago que, com sua sinfonia e beleza visual, me sugere a ficar calado e ouvir.

       Os sons que escuto são da já mencionada fonte, dos ocasionais “quacks” dos patos, das gritantes crianças que aprendem a andar de patins com seus pais ao lado vigiando como águias vigiam seus filhotes, o trotar dos corredores e o pedalar dos ciclistas. Enquanto alguns caminham conversando nas mais variadas línguas, seus cachorros relacionam-se; latindo e cheirando, um em especial tentou urinar na minha perna logo antes de receber uma advertência de seu respectivo dono, outros tentavam frustradamente abocanhar os pombos e com medo da água fria não se aventuravam nem ao menos molhar a patinha.

       De acordo que minha audição absorvia os mais sutis sussurros dos arredores, entardecia e o vento soprava mais forte. Olhei ao relógio – 4:35PM – e retornei a captar os sons que me eram oferecidos.

      Não podiam passar em branco o barulho do vento, que pelas folhas recém surgidas dava voz às árvores, as obras nas ruas adjacentes, os carros indo e vindo e as buzinas, que tão ocasionais quanto os “quacks” dos patos preenchiam a fusão entre o natural e o urbano.

      Cada segundo que passa o relógio anuncia a gradativa redução da força do sol –4:40PM. Tenho trabalho para segurar a folha de papel, que agora torna a rasgar, tremo de frio, o que deixa minha letra quase ilegível (os que me conhecem bem devem imaginar), e agora, exatamente agora, minha caneta começa a falhar.

       O que vejo e sinto não se difere muito do que escuto. O sol, quase se pondo, projeta na horizontal, tanto na grama e na água quanto no asfalto, belíssimas sombras das árvores, do chafariz e dos prédios. Tudo agora está ficando alaranjado e mais uma vez me torno ao relógio – 4:50PM – a rápida e glamorosa despedida da manhã. Havia um casal de idosos que eu também observara, mas agora eles se levantavam e iam embora. As crianças, sem mais nada para dar aos pombos, reclamavam aos pais dizendo que queriam ir para casa, estavam com frio e as pernas doíam. Até mesmo os patos ficavam mais próximos e quietos. Um cisne foi até a margem do lago, exatamente na minha frente e, com toda a sua beleza, imponência e arrogância, olhou para mim fixamente. Provavelmente queria dizer “Vá embora!”.

       São 5:04PM – Mal consigo ver o sol, a vida urbana começa a ganhar mais destaque, alguns pubs, que ainda não posso freqüentar, já pensam em abrir, minha mão de vermelha ficou roxa e não abre mais. Novamente ao relógio – 5:09PM – e já posso ver a lua, mas não vejo mais o sol, apesar de ainda estar claro. Só podia ser... Lua cheia.            -LaísV (emoticon)

       5:13PM – Somente os malucos habitam o parque; corredores que me assustam, ao fazer as últimas e geladas partes do seu trajeto, por estar apenas de camisa e short, os últimos casais que sobrevivem ao frio, aqueles que cortam caminho para não pegar as ruas escuras, os vigilantes noturnos, que acabam de chegar, os patos e os esquilos e o chafariz, o mesmo chafariz, que não se cansa, exatamente como o meu relógio – 5:19PM – e um jovem escritor sentado no banco morrendo de frio.

       Olho novamente ao relógio – 5:20PM – Está escurecendo mais rápido, estou com medo que meu sangue congele, os patos sumiram e daqui a pouco fecha-se o parque. Botei as minhas luvas

       Vou para casa passar meu texto para o blog antes que eu fique aqui preso. Bem vindo à primavera britânica – 5:30PM."





Youtube:
       Ficou dificil arranjar um vídio para esse texto, não sei ainda o qual procurar. Pensei na musica Time do Pink Floyd, mas não quero repetir. Pensei no tom bucolismo que um pedaço da obra de Howard Shore (compositor musical da triologia do Senhor dos anéis e do Hobbit(2012)) tem, mas é somente um pequeno trecho que quero. Pensei em algo da Bossa Nova, mas é muito tropical para um fim de inverno inglês. Passei pelo Jazz, mas é muito rítmico e fui finalmente ao Blues. Muito depressivo, não quero.
       Quando a dúvida me sonda a cabeça eu penso em The Beatles. Sempre tem uma música que se parece. e enquanto eu escrevo me passou pela a cabeça "Sitting in an english garden, waiting for the sun". Mas o sol não veio, foi embora, e não choveu... e não era um jardim, era um parque... Mas pra que tanto perfeccionismo? Aliás, essa frase continua descrevendo o clima inglês muito bem.

        I Am The Walrus, pela a frase e pela a vipe:
        http://www.youtube.com/watch?v=Nnpil_pRUiw&feature=related

       Aos que gostaram do musical Across the Universe. Eu também gostei muito do Bono nessa música. Não sou seu fã, mas ele encaixou muito bem. Não tão bem quanto Joe Coker em Come Together, mas ai é pedir d+:
       http://www.youtube.com/watch?v=-JC7lmDXmIM


       COMO EU PUDE ESQUECER?? Me lembrei de uma pessoa muito querida agora

       London London, pela a boa lembrança que me veio agora, pela a identificação e carinho que passei a ter por essa música e pela a mesma visão que compartilho. Há! E, mais ainda que I Am The Walrus, pela vipe. A mesma e exata vipe que Caetano tava enquanto escrevia essa musica:
       http://www.youtube.com/watch?v=DM_2EdyytaU







Até o próximo post!!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Introdução

Saudações à todos!


     Resolvi criar esse blog com a mesma intenção que 100% dos blogs falidos desse país têm; Expressar opiniões/críticas/curiosidades (bizarrices)/cultura e outros pensamentos com fins, em todos os casos, não práticos. Finalmente, depois de algumas barreiras quebradas, de alguns fodasses, de alguns baldes chutados e de ter juntado alguma ousadia, eu me rendi ao blog; a via de comunicação que demonstra, em maior relevância, a produção textual do séc. XXI.

     Fácil de manusear, textos breves e objetivos. O artigo de opinião com uma nova cara, com uma cara de pós-modernidade, de "Sociedade do Conhecimento" como eu e muitos gostamos de chamar. Gosto muito dos blogs.

     Se gosto tanto dos blogs, por que não criei um antes? Essa pergunta relaciona-se ao título do blog.

    Beber cerveja, comer picanha, aliciar as mocinhas e dar risadas são muito melhores do que tomar uma decisão pensando no futuro ou ter que resolver um problema. Tem momentos na vida que você só se fode, tudo da errado e, ainda por cima, você tem que ter força para correr atrás do que precisa e, portanto, abdicar alguns prazeres.

   Elevando essa situação ao extremo em todos os sentidos, quando tem de abdicar os prazeres que até então vive, para que não se afogue nos males que tanto doem, outras formas de sentir devem ser exploradas, novas experiências e novos contatos devem ser realizados... como, por exemplo, criar um Blog!





Youtube:
    Para começar, se estamos falando sobre o blog, o primeiro vídio tem que ser mais próximo ao sentido do blog. Porque não do The Wall do Pink Floyd? Another Brick On the Wall ptIII foi escolhido pela a sua temática, por sua letra e por ser Pink Floyd. Divirtam-se

    YouTube - Pink Floyd - Another Brick In The Wall Part 3